Diferentes estratégias de posicionamento de fungicidas no manejo de antracnose e anomalia das vagens
Desde a safra 2019/2020, o estado de Mato Grosso vem sofrendo com a ocorrência da anomalia das vagens na cultura da soja em diferentes regiões, principalmente nos municípios próximos à BR-163. Os sintomas desta doença iniciam a partir da metade do enchimento de grãos (R5.4), caracterizando-se pelo apodrecimento dos grãos e das vagens em geral, observado de dentro para fora das vagens e, em alguns casos, pelo quebramento das hastes próximo ao colo da planta. Diferentes instituições de pesquisa e empresas de melhoramento genético vêm trabalhando na identificação do agente causal desta doença, porém ainda não há um consenso científico. Análises realizadas nas hastes, grãos e vagens com e sem sintomas apontam uma frequência de 50% de ocorrência do complexo de fungos Diaporthe/Phomopsis e 61% do fungo do gênero Colletotrichum, agente causal da antracnose. Na literatura internacional, o que chamamos de Anomalia das Vagens é descrito como Seed Decay, ou seja, Podridão dos Grãos, causada principalmente pelo fungo Diaporthe longicolla/Phomopsis spp. Mesmo assim, a presença dos fungos foi verificada até mesmo em plantas sadias, dificultando a definição correta do agente causal.