Sorgo: crescimento, desenvolvimento e cuidados com a cultura
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O sorgo é uma cultura de grande importância para a produção agrícola, destacando-se pela sua versatilidade e resistência a condições adversas. Seu ciclo de desenvolvimento envolve diferentes estádios de crescimento, cada um com características específicas que influenciam diretamente o potencial produtivo da lavoura.
Desde a germinação até a maturação fisiológica, compreender essas etapas é essencial para a adoção de boas práticas de manejo, garantindo o estabelecimento adequado das plantas e a maximização do rendimento.
Neste artigo, exploramos o crescimento e desenvolvimento do sorgo, abordando os principais pontos de atenção em cada fase. Aspectos como controle de pragas, nutrição, aplicação de defensivos e monitoramento das condições ambientais são fundamentais para garantir um cultivo saudável e produtivo. Acompanhe os detalhes de cada estádio e conheça as melhores estratégias para o sucesso da cultura.
Fase vegetativa
Nessa fase, o foco está no crescimento estrutural da planta, desenvolvimento de folhas, raízes e caule, com manejo concentrado em controle de pragas, doenças e competitividade com ervas daninhas.
Semeadura e germinação
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É o momento crucial do sucesso da cultura. A qualidade de plantio é fundamental na germinação uniforme e para o bom estabelecimento da cultura.
Pontos de atenção
- Tratamento de Sementes.
- Regulagem do disco de corte.
- Profundidade de plantio: 2-5 cm.
- Herbicidas pré-emergentes (plante e aplique).
Estádio 0 – Emergência
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A plântula rompe a superfície do solo e o crescimento inicial é lento. Solos de textura arenosa sob altas temperaturas podem ocasionar morte de plântulas e perda de estande.
Pontos de atenção
- Monitoramento de pragas (Spodoptera, percevejos).
Estádio 1 – Três folhas
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Três folhas completamente expandidas com o “colar” visível, ocorre de 10 a 20 dias após a emergência, ponto de crescimento sob o solo. Em alguns casos, é onde inicia a infestação por pulgões.
Pontos de atenção
- Monitoramento de pragas (Spodoptera, percevejos).
- Início monitoramento do pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Herbicida pós-emergente.
- Adubação de cobertura.
Estádio 2 – Cinco folhas
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Cinco folhas completamente expandidas com o “colar” visível, ocorre de 20 a 25 dias após a emergência, ponto de crescimento ainda sob o solo. Desenvolvimento vigoroso da planta e rápido crescimento radicular.
Pontos de atenção
- Monitoramento de pragas (Spodoptera, percevejos).
- Pulgão amarelo, na parte abaxial das folhas.
Estádio 3 – Diferenciação do ponto de crescimento
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O número potencial de folhas é definido 30 a 40 dias após emergência, o ponto de crescimento está acima da superfície do solo e muda da produção de folhas para a formação da panícula. A planta atinge seu máximo potencial de crescimento e absorção de nutrientes.
Pontos de atenção
- Monitoramento de pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas, rápido desenvolvimento e manejo específico.
- Monitorar Helmintosporiose.
Estádio 4 – Folha-bandeira
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A última folha, a folha-bandeira, é visível. A panícula está se desenvolvendo. Alongamento do colmo e incremento de área foliar são rápidos. Absorção de nutrientes e crescimento ainda elevados.
Pontos de atenção
- Monitoramento pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Monitorar Helmintosporiose.
Estádio 5 – Emborrachamento
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A panícula, protegida pela bainha da folha-bandeira, está quase totalmente desenvolvida e seu potencial máximo de tamanho e número de grãos está definido. A planta atingiu sua área foliar máxima. Importantíssimo preservar ao máximo a área foliar para o enchimento de grãos.
Pontos de atenção
- Monitoramento pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Aplicação de fungicida.
- Cuidado com caldas muito oleosas e produtos à base de nafta de petróleo (fito).
- Condições de estresse ambiental severo podem dificultar a emissão da panícula.
Fase reprodutiva
A partir deste ponto, o foco se volta ao desenvolvimento, enchimento e maturação dos grãos. Além disso, é na fase reprodutiva que o número de sementes e o peso final do grão são determinados. O manejo é relacionado à sanidade foliar e ao suprimento de água e nutrientes, para maximizar a produção de grãos.
Estádio 6 – Florescimento
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Considera-se florescimento quando 50% das plantas emitiram a panícula. O crescimento total está 50% completo, o acúmulo de nutrientes está em 70% para o nitrogênio, 60% para fósforo e 80% para o potássio. A manutenção da área foliar é fundamental.
Pontos de atenção
- Monitoramento pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Monitoramento para Ergot (mela), temperaturas abaixo de 20 °C e UR > 75% por longos períodos nessa fase aplicação direcionada de fungicida.
Estádio 7 – Grão leitoso
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Imediatamente após a floração, dá-se início à formação de grãos e o enchimento ocorre rapidamente. 50% do enchimento de grãos já ocorreu. Forte remobilização de nutrientes do colmo, que perde massa. Início da requeima.
Pontos de atenção
- Monitoramento pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Perda de área foliar por fumagina, Spodoptera ou doenças foliares terão forte impacto no rendimento.
Estádio 8 – Grão duro/pastoso
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Os grãos atingem 75% do seu enchimento e a absorção de nutrientes está quase completa. Folhas do baixeiro bastante comprometidas pela remobilização de nutrientes. Quanto menor o estresse na planta, maior será o período de enchimento de grãos e seu rendimento.
Pontos de atenção
- Monitoramento pragas (Spodoptera).
- Pulgão-amarelo, na parte abaxial das folhas.
- Perda de área foliar por fumagina, Spodoptera ou doenças foliares terão menor impacto no rendimento.
Estádio 9 – Maturação fisiológica
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Os grãos atingem o máximo do seu peso seco e estão fisiologicamente maduros. A maturação pode ser identificada pela formação da “camada preta” na base do grão. A umidade do grão é em torno de 35%.
Pontos de atenção
A gestão da colheita é imprescindível e, para tal, é importante a realização da dessecação com glifosato, atentando para evitar quebramento.
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Autores: Lucio Elias (agrônomo de campo Pioneer® – MS) e José Madalóz (Gerente de Agronomia Pioneer® Sul).
Artigo baseado na obra “How a Sorghum Plant Develops”, S3, K-State Research and Extension.
