Considerações agronômicas
O milho de baixa estatura traz consigo um conjunto de questões frequentemente levantadas pelos agricultores, especialmente no manejo e nas operações de cultivo. As mudanças na arquitetura do milho e na alocação de biomassa ao longo dos anos ocorreram gradualmente ao longo de décadas de melhoramento genético do milho. O milho de baixa estatura representa uma mudança abrupta em múltiplas características da planta. As folhas são mais curtas e largas e a distância vertical entre elas, bem como a profundidade geral da parte aérea, é reduzida. Mudanças na arquitetura da planta de milho vão exigir mudanças na forma como essas plantas são manejadas.
A primeira questão que frequentemente surge é se o milho de baixa estatura exigirá um menor espaçamento entre linhas, a fim de obter interceptação de luz suficiente para maximizar o rendimento. Para isso, a parte aérea da cultura precisa capturar 95% ou mais da radiação fotossinteticamente ativa durante o período crítico, imediatamente antes e depois do florescimento. Vários estudos nos Estados Unidos mostraram que o milho plantado com 75 cm entre linhas geralmente consegue fazer isso. Ainda assim, estudos estão em andamento para determinar se espaçamentos mais estreitos beneficiariam o rendimento do milho de baixa estatura.
A densidade de semeadura do milho de baixa estatura também está sendo avaliada, e estudos preliminares da Corteva Agriscience sugerem que as densidades de semeadura não precisam ser muito diferentes das atuais. No entanto, são necessárias mais investigações, e isto está em curso. A capacidade de colheita do milho de baixa estatura também é afetada. Como a planta é mais curta, a altura da espiga também é baixa. Especialmente nos anos de seca, quando o crescimento do milho fica comprometido, pode haver dificuldade na colheita das plantas. A seleção de híbridos que colocam espigas a pelo menos 60 centímetros acima do solo é importante para permitir que a plataforma de colheita capture o caule e puxe a espiga para dentro da máquina.
Em resumo, o milho de baixa estatura é uma nova geração de genética que aborda questões específicas relacionadas ao acamamento pelo vento e operações de cultivo. Atualmente, a pesquisa e o desenvolvimento na Corteva Agriscience estão sendo realizados para trazer a melhor genética aos campos dos agricultores e a orientação de manejo para o maior benefício do milho de baixa estatura.
Referências:
Ferrero-Serrano, A., C. Cantos, and S.M. Assmann. 2019. The role of dwarfing traits in historical and modern agriculture with a focus on rice. Cold Spring Harb. Perspect. Biol. 11:a034645.
Hedden, P. 2003. The genes of the Green Revolution. Trends in Genetics. 19:5-9.
Prein, A.F. 2023. Thunderstorm straight line winds intensify with climate change. Nature Climate Change. Nov 2:1-7.
Autores:
Robert Gunzenhauser, Cientista da Corteva Agriscience. Traduzido e adaptado por Paulo Roberto da Silva (Gerente de Pesquisa Agronômica) e Rafael Tadeu De Assis (Agrônomo de Campo Proteção de Cultivos).
Apenas para uso informativo. Entre em contato com o profissional de vendas da Corteva Agriscience para obter informações e sugestões específicas para sua operação. O desempenho das culturas é variável e depende de muitos fatores, como umidade e estresse por calor, tipo de solo, práticas de manejo e estresse ambiental, bem como pressão de pragas e doenças.
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