Artigo originalmente publicado em 18/02/2020
Com o passar do tempo e com o avanço das tecnologias, muitos produtores também mudaram sua maneira de pensar, agir e atuar. Atualmente, na maioria dos casos, eles estão ansiosos em saber qual será a produtividade da cultura que está no campo bem antes do momento da colheita.
Esta estimativa tem sido útil para se ter uma “ideia” de qual será o rendimento a nível de campo, sendo assim, esta informação é fundamental para que você possa se preparar melhor para a colheita da safra, para otimizar o trabalho das máquinas, verificar questões relacionadas ao armazenamento e, principalmente, para gerenciar a comercialização do grão.
Estas estimativas também podem ser úteis em ensaios de híbridos, onde é possível testar a variabilidade genética da produção, ou avaliar diferentes estratégias de manejo.
Existem diversos métodos, que apesar de serem diferentes e alguns terem mais exatidão do que outros, eles convergem para o mesmo ponto: os componentes de rendimento da lavoura. Além disso, todas as estimativas realizadas em uma lavoura ou talhão são baseadas nas amostras representativas dos locais da avaliação e na produção prevista para este local.
Portanto, é extremamente importante a escolha do local da avaliação, pois qualquer condição diferenciada do espaço, em que você irá retirar a amostra, pode levar seus cálculos a uma produtividade superior ou inferior à realidade.
Mesmo com tantas limitações, os métodos propostos a seguir servem como um “guia-base” quando se trata de fazer comparações.
No método 1 realize os seguintes passos:
1. Saber a população de plantas por área;
2. Coletar algumas espigas da área desejada;
3. Calcular o peso médio de grãos de cada uma delas;
4. Após ter o peso médio de grãos de cada espiga, basta multiplicar pelo número total de plantas encontradas no talhão.
Exemplo:
Quanto maior for o número de espigas coletadas e avaliadas, menor será a margem de erro para a produtividade real no momento da colheita.
Esta regra foi publicada pela Universidade de Illinois nos Estados Unidos, e você pode realizar seguindo as estapas a seguir:
1. Conte o número de espigas em 4m²:
2. No mesmo local, selecione quatro espigas representativas, conte o número de fileiras de grãos e o número de grãos por fileira para cada espiga. Não conte os grãos da extremidade que sejam menores que a metade do tamanho normal.
3. Em seguida, estime a produção através de cada uma das espigas, da seguinte maneira:
4. Calcule a média de produção estimada das quatro espigas.
5. Repita as etapas de 1 a 4 em vários pontos do talhão e calcule a média dos resultados para estimar a produtividade final da área.
Neste método você pode estimar a produtividade com a seguinte expressão:
Como mencionado, existem diferentes maneiras para estimar a produtividade na cultura do milho e, em todas elas, nos deparamos com inúmeras variações que podem nos induzir ao erro.
Para minimizar a diferença entre o resultado real de colheita e o cálculo de estimativa, devemos fazer um grande número de repetições da avaliação dentro da mesma área, ou seja, amostrar diversos pontos no talhão. Contudo, nenhum método será tão exato quanto a colheita da área inteira e a pesagem dos grãos colhidos.
Para que possamos atingir altos tetos produtivos é preciso seguir a risca as recomendações de adubação, manejo de ervas daninhas, doenças e insetos, época de semeadura, população adequada de híbrido, espaçamento, e investir em híbridos com uma excelente GENÉTICA.
A marca Pioneer® tem um amplo portfólio para oferecer aos seus clientes. Caso tenha dúvidas sobre os materiais disponíveis no mercado, entre em contato com o representante comercial da sua região ele poderá lhe auxiliar na identificação dos produtos com melhor posicionamento para sua lavoura.
Tiago Silveira Hauagge
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua na parte estratégica da empresa, transcrevendo os objetivos internos para a realidade do campo, tanto em milho quanto na cultura da soja. Faz parte do time de Marketing da Pioneer / Corteva Agriscience, participando dos projetos de precificação, avanço de produtos e estudos de renovação do portfólio.
José Carlos Cazarotto Madalóz
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com mestrado em Produção Vegetal (UTFPR). Desenvolve trabalhos de manejo e acompanhamento de lavouras com objetivo de incremento de produtividade com melhor uso de recursos da propriedade e conhecimento dos materiais (milho e soja). Faz parte do time de Agronomia da Corteva Agriscience, participando dos projetos de avaliação, avanço e caracterização de novos híbridos de milho e cultivares de soja.